Indicadores epidemiológicos - taxa de incidência de AIDS - taxa de incidência de AIDS em menores de 5 anos - taxa de mortalidade por AIDS (nota técnica em revisão): mudanças entre as edições

De Wiki
Ir para navegação Ir para pesquisar
 
Sem resumo de edição
 
(4 revisões intermediárias pelo mesmo usuário não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
[[Categoria:Indicador de Saúde]]
[[Categoria:Indicador de Saúde]]
[[Categoria:GAIS Guia de Apoio à Gestão Estadual do SUS]]
[[Categoria:IC2 Situação de Saúde]]
[[Categoria:GAIS II - Situação de Saúde da População]]
 
NOTA TÉCNICA
 
AIDS: indicadores epidemiológicos
 
* taxa de incidência de aids
* taxa de incidência de aids em menores de 5 anos
* taxa de mortalidade por aids
 
= Fonte desta nota técnica: =
Elaborada pela equipe do CONASS com base nas fichas de qualificação da RIPSA sobre a Taxa de incidência de aids - D.2.1 - 2012 http://fichas.ripsa.org.br/2012/d-2-1/?l=pt_BR e Taxa de mortalidade específica por aids - C.14 - 2012 http://fichas.ripsa.org.br/2012/c-14/?l=pt_BR
 
Acesso em fevereiro de 2019.
 
= Fonte dos indicadores: =
MS/SVS Departamento IST, AIDS e Hepatites Virais: Painel de Indicadores Epidemiológicos e Dados Básicos das Hepatites. Disponível em <nowiki>http://indicadoreshepatites.aids.gov.br/</nowiki>. Acesso em fevereiro de 2019.
 
= TAXA DE INCIDÊNCIA DE AIDS / TAXA DE INCIDÊNCIA EM MENORES DE 5 ANOS =
 
== Conceituação ==
 
* Número de casos novos confirmados de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS – códigos B20-B24 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
* A definição de caso confirmado de AIDS baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país1.
 
== Interpretação ==
 
* Estima o risco de ocorrência de AIDS, numa determinada população em intervalo de tempo determinado.
* Indica a existência de condições favoráveis à transmissão da doença, por via sexual, sanguínea por ou transmissão vertical.
* Não reflete a situação atual de infecção pelo HIV no período de referência e sim a da doença, cujos sinais e sintomas surgem, em geral, após longo período de infecção assintomática (em média 8 anos), no qual o indivíduo permanece infectante.
* As taxas de incidência em menores de 5 anos indicam a efetividade das políticas de prevenção da transmissão vertical.
* As taxas de incidência não padronizadas por idade estão sujeitas à influência de variações na composição etária da população, o que exige cautela nas comparações entre áreas e para períodos distintos.
 
== Usos: ==
 
* Analisar variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de AIDS, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
* Contribuir para a orientação e avaliação das ações de controle da AIDS.
* Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o controle da transmissão do HIV/AIDS em áreas e populações específicas.
* Avaliação dos resultados das políticas de prevenção da transmissão vertical (Taxas de incidência em menores de 5 anos).
 
== Fonte utilizadas na origem do indicador: ==
 
* Base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), complementada com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos – Siclom, do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais – Siscel e do Sistema de Informações de Mortalidade – SIM; dados demográficos do IBGE.
 
== Métodos de Cálculo: ==
 
* Taxa de Incidência de AIDS: Número de casos novos de AIDS em residentes X 100.000 / População total residente no período determinado.
* Taxa de Incidência de AIDS em menores de 5 anos: Número de casos novos de AIDS em residentes com menos de 5 anos de idade X 100.000 / População de menores de 5 anos residente no período determinado.
 
== Categorias Sugeridas para Análise ==
 
* Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
* Faixa etária: menor de 5 anos, 5 a 12, 13 a 19, 20 a 24, 25 a 29, 30 a 34, 35 a 39, 40 a 49, 50 a 59 e 60 anos e mais.
* Sexo: masculino e feminino.
 
== Limitações ==
 
* Exige, em geral, que a confirmação de casos se realize através de testes laboratoriais específicos (sorologia para detectar anticorpos e antígenos, e isolamento do HIV).
* Está sujeita às condições técnico-operacionais do sistema de saúde em cada área geográfica para a detecção, notificação, investigação e confirmação laboratorial de casos de AIDS.
* Deve-se considerar, na análise de séries históricas, a capacidade diagnóstica do serviço de saúde e da agilidade da vigilância epidemiológica em captar e notificar os casos diagnosticados. A redução na incidência observada nos últimos anos pode resultar, em parte, do atraso na notificação dos casos, devendo-se ter cautela na análise de dados mais recentes.
* Os dados utilizados nesse indicador não estão desagregados por forma de transmissão.
 
= TAXA DE MORTALIDADE ESPECÍFICA POR AIDS =
 
== Conceituação ==
 
* Número de óbitos pela síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
 
== Interpretação ==
 
* Estima o risco de morte pela AIDS e dimensiona a magnitude da doença como problema de saúde pública.
* Retrata a incidência da doença na população.
* Expressa também as condições de diagnóstico e a qualidade da assistência médica dispensada, bem como o efeito de ações educativas e a adoção de medidas individuais de prevenção.
* A taxa de mortalidade específica não padronizada por idade está sujeitas à influência de variações na composição etária da população, o que exige cautela nas comparações entre áreas geográficas e para períodos distintos.
 
== Usos ==
 
* Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade por AIDS em segmentos populacionais, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.
* Contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população, correlacionando a ocorrência e a magnitude do dano a fatores associados a estilos de vida, acesso, disponibilidade e qualidade dos serviços de saúde.
* Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, concernentes à AIDS.
 
== Fonte utilizadas na origem do indicador: ==
 
* Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde (SVS): Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e base demográfica do IBGE.
 
== Métodos de Cálculo: ==
 
* Número de óbitos de residentes por AIDS x 100.000 / População total residente ajustada ao meio do ano.
* Os óbitos pela síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) correspondem aos códigos B20 a B24 do capítulo I – Algumas doenças infecciosas e parasitárias, da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
 
== Categorias Sugeridas para Análise: ==
 
* Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
* Sexo: masculino e feminino.
* Faixa etária: menor de 13 anos, 13 a 14, 15 a 19, 20 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 anos e mais.
 
== Limitações: ==
 
* Requer correção da subenumeração de óbitos captados pelo sistema de informação sobre mortalidade, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
* Apresenta restrição de uso sempre que ocorra elevada proporção de óbitos sem assistência médica ou por causas mal definidas.

Edição atual tal como às 13h08min de 14 de agosto de 2023


NOTA TÉCNICA

AIDS: indicadores epidemiológicos

  • taxa de incidência de aids
  • taxa de incidência de aids em menores de 5 anos
  • taxa de mortalidade por aids

Fonte desta nota técnica:

Elaborada pela equipe do CONASS com base nas fichas de qualificação da RIPSA sobre a Taxa de incidência de aids - D.2.1 - 2012 http://fichas.ripsa.org.br/2012/d-2-1/?l=pt_BR e Taxa de mortalidade específica por aids - C.14 - 2012 http://fichas.ripsa.org.br/2012/c-14/?l=pt_BR

Acesso em fevereiro de 2019.

Fonte dos indicadores:

MS/SVS Departamento IST, AIDS e Hepatites Virais: Painel de Indicadores Epidemiológicos e Dados Básicos das Hepatites. Disponível em http://indicadoreshepatites.aids.gov.br/. Acesso em fevereiro de 2019.

TAXA DE INCIDÊNCIA DE AIDS / TAXA DE INCIDÊNCIA EM MENORES DE 5 ANOS

Conceituação

  • Número de casos novos confirmados de síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS – códigos B20-B24 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
  • A definição de caso confirmado de AIDS baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica da doença em todo o país1.

Interpretação

  • Estima o risco de ocorrência de AIDS, numa determinada população em intervalo de tempo determinado.
  • Indica a existência de condições favoráveis à transmissão da doença, por via sexual, sanguínea por ou transmissão vertical.
  • Não reflete a situação atual de infecção pelo HIV no período de referência e sim a da doença, cujos sinais e sintomas surgem, em geral, após longo período de infecção assintomática (em média 8 anos), no qual o indivíduo permanece infectante.
  • As taxas de incidência em menores de 5 anos indicam a efetividade das políticas de prevenção da transmissão vertical.
  • As taxas de incidência não padronizadas por idade estão sujeitas à influência de variações na composição etária da população, o que exige cautela nas comparações entre áreas e para períodos distintos.

Usos:

  • Analisar variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos casos confirmados de AIDS, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
  • Contribuir para a orientação e avaliação das ações de controle da AIDS.
  • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o controle da transmissão do HIV/AIDS em áreas e populações específicas.
  • Avaliação dos resultados das políticas de prevenção da transmissão vertical (Taxas de incidência em menores de 5 anos).

Fonte utilizadas na origem do indicador:

  • Base de dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), complementada com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos – Siclom, do Sistema de Controle de Exames Laboratoriais – Siscel e do Sistema de Informações de Mortalidade – SIM; dados demográficos do IBGE.

Métodos de Cálculo:

  • Taxa de Incidência de AIDS: Número de casos novos de AIDS em residentes X 100.000 / População total residente no período determinado.
  • Taxa de Incidência de AIDS em menores de 5 anos: Número de casos novos de AIDS em residentes com menos de 5 anos de idade X 100.000 / População de menores de 5 anos residente no período determinado.

Categorias Sugeridas para Análise

  • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
  • Faixa etária: menor de 5 anos, 5 a 12, 13 a 19, 20 a 24, 25 a 29, 30 a 34, 35 a 39, 40 a 49, 50 a 59 e 60 anos e mais.
  • Sexo: masculino e feminino.

Limitações

  • Exige, em geral, que a confirmação de casos se realize através de testes laboratoriais específicos (sorologia para detectar anticorpos e antígenos, e isolamento do HIV).
  • Está sujeita às condições técnico-operacionais do sistema de saúde em cada área geográfica para a detecção, notificação, investigação e confirmação laboratorial de casos de AIDS.
  • Deve-se considerar, na análise de séries históricas, a capacidade diagnóstica do serviço de saúde e da agilidade da vigilância epidemiológica em captar e notificar os casos diagnosticados. A redução na incidência observada nos últimos anos pode resultar, em parte, do atraso na notificação dos casos, devendo-se ter cautela na análise de dados mais recentes.
  • Os dados utilizados nesse indicador não estão desagregados por forma de transmissão.

TAXA DE MORTALIDADE ESPECÍFICA POR AIDS

Conceituação

  • Número de óbitos pela síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.

Interpretação

  • Estima o risco de morte pela AIDS e dimensiona a magnitude da doença como problema de saúde pública.
  • Retrata a incidência da doença na população.
  • Expressa também as condições de diagnóstico e a qualidade da assistência médica dispensada, bem como o efeito de ações educativas e a adoção de medidas individuais de prevenção.
  • A taxa de mortalidade específica não padronizada por idade está sujeitas à influência de variações na composição etária da população, o que exige cautela nas comparações entre áreas geográficas e para períodos distintos.

Usos

  • Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade por AIDS em segmentos populacionais, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos.
  • Contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população, correlacionando a ocorrência e a magnitude do dano a fatores associados a estilos de vida, acesso, disponibilidade e qualidade dos serviços de saúde.
  • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, concernentes à AIDS.

Fonte utilizadas na origem do indicador:

  • Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância à Saúde (SVS): Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e base demográfica do IBGE.

Métodos de Cálculo:

  • Número de óbitos de residentes por AIDS x 100.000 / População total residente ajustada ao meio do ano.
  • Os óbitos pela síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) correspondem aos códigos B20 a B24 do capítulo I – Algumas doenças infecciosas e parasitárias, da 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10).

Categorias Sugeridas para Análise:

  • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
  • Sexo: masculino e feminino.
  • Faixa etária: menor de 13 anos, 13 a 14, 15 a 19, 20 a 29, 30 a 39, 40 a 49, 50 a 59, 60 anos e mais.

Limitações:

  • Requer correção da subenumeração de óbitos captados pelo sistema de informação sobre mortalidade, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.
  • Apresenta restrição de uso sempre que ocorra elevada proporção de óbitos sem assistência médica ou por causas mal definidas.