Indicadores Epidemiológicos - Taxa de detecção de hanseníase na população geral - Taxa de detecção de hanseníase em menores de 15 anos - Taxa de detecção de hanseníase com grau II de deformidade (nota técnica em revisão): mudanças entre as edições

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NOTA TÉCNICA
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Edição atual tal como às 13h09min de 14 de agosto de 2023


NOTA TÉCNICA

HANSENÍASE: Indicadores Epidemiológicos

  • Taxa de detecção de hanseníase na população geral
  • Taxa de detecção de hanseníase em menores de 15 anos
  • Taxa de detecção de hanseníase com grau II de deformidade Fonte desta nota técnica:

Fonte desta nota técnica

Adaptada pela equipe do CONASS com base na ficha de qualificação da RIPSA sobre Taxa de incidência de hanseníase - D.2.6 - 2012 http://fichas.ripsa.org.br/2012/d-2-6/?l=pt_BR Acesso em janeiro de 2015

Fonte dos indicadores:

SAGE - Sala de Gestão Estratégica do Ministério da Saúde. https://www.sage.gov.br/sage. Acesso em abril de 2016.

Conceituação

  • A taxa de detecção de hanseníase na população ou taxa de incidência de hanseníase se refere ao número de casos novos diagnosticados de hanseníase (código A30 da CID-10), por 100 mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
  • Esta taxa pode ser calculada de forma específica para uma determinada faixa etária, como em menores de 5 anos ou ser avaliada segundo algumas características específicas, como a taxa de detecção de casos, por 100.000 habitantes, com grau II de deformidade.
  • A definição de caso de hanseníase baseia-se em critérios adotados pelo Ministério da Saúde para orientar as ações de vigilância epidemiológica e controle da doença em todo o país1, 2.

Interpretação

  • Avalia a carga de morbidade e de magnitude da hanseníase, numa determinada população em intervalo de tempo determinado.
  • Estima o risco de ocorrência de casos novos de hanseníase, em qualquer de suas formas clínicas, indicando exposição ao bacilo Mycobacterium leprae.
  • No Brasil, adota-se a seguinte classificação das taxas de incidência de casos por 100 mil habitantes: baixa (menor que 2,00), média (2,00 a 9,99), alta (10,00 a 19,99), muito alta (20,00 a 39,99) e situação hiperendêmica (maior ou igual a 40,00).
  • Taxas elevadas estão geralmente associadas a baixos níveis de desenvolvimento socioeconômico e a insatisfatórias condições assistenciais para o diagnóstico precoce, o tratamento padronizado e o acompanhamento dos casos.
  • A taxa de detecção em menores de 15 anos mede a presença da doença, a força da transmissão recente da endemia e sua tendência. A diminuição do coeficiente de detecção de casos em menores de 15 anos indica a redução da transmissão por fontes ativas da doença na população.
  • A taxa de detecção de casos com grau II de deformidade indica, caso elevada, que os casos estão sendo diagnosticados em fase tardia, já com complicações, o que demonstra problemas no diagnóstico e tratamento precoces da doença.

Usos

  • Analisar variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos casos novos diagnosticados de hanseníase, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica da doença.
  • Contribuir para a avaliação e prevenção de casos de hanseníase.
  • Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de controle da hanseníase.

Métodos de Cálculo:

  • Taxa de detecção de hanseníase na população geral: Número de casos novos confirmados de hanseníase em residentes  X 100.000 / População total residente no período determinado.
  • Taxa de detecção de hanseníase em menores de 15 anos: Número de casos novos confirmados de hanseníase em residentes menores de 15 anos X 100.000 / População com menos de 15 anos residente no período determinado.
  • Taxa de detecção de hanseníase com grau II de deformidade: Número de casos novos confirmados de hanseníase, com grau II de deformidade, em residentes X 100.000 / População total residente no período determinado.

Categorias Sugeridas para Análise:

  • Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados, Distrito Federal, regiões metropolitanas e municípios das capitais.
  • Faixa etária: menor de 15 anos e 15 anos e mais.
  • Classificação: paucibaciliar, multibacilar e ignorado.

Limitações:

  • Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância epidemiológica, em cada área geográfica, para detectar, notificar, investigar e confirmar casos de hanseníase.
  • Os dados estão desagregados por classificação da hanseníase, que têm diferente significado na dinâmica de transmissão e evolução da doença.
  • Os sinais e sintomas iniciais da hanseníase costumam ser pouco expressivos e valorizados, e surgem após longo período de incubação. Em virtude disso, há dificuldade de diagnóstico precoce, o que exige cautela na análise dos dados do indicador.
  • As taxas de incidência não padronizadas por idade estão sujeitas à influência de variações na composição etária da população, o que exige cautela nas comparações entre áreas e para períodos distintos.

Notas:

1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Hanseníase. In: Guia de vigilância epidemiológica.

6. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005, p. 364.

2 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria conjunta SVS/SAS nº 125, de 26.3.2009, que define ações de controle da hanseníase.