Estimativas de incidência de casos novos de câncer (nota técnica em revisão)

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NOTA TÉCNICA

estimativas de incidência de casos novos de câncer

Fonte desta nota técnica e dos indicadores:

Instituto Nacional de Câncer (INCA). https://www.gov.br/inca/pt-br

Conceituação:

  • Estimativas para o ano de 2018 das taxas brutas de incidência por 100 mil habitantes e do número de casos novos de câncer, segundo sexo e faixa etária.
  • Foram incluídos os cânceres cuja localização primária encontra-se abaixo descrita:
    • Todas as neoplasias (C00 a C97; D46).
    • Cavidade oral (C00-C10).
    • Esôfago (C15).
    • Estômago (C16).
    • Cólon e reto (C18-C21).
    • Laringe (C32).
    • Traqueia, brônquio e pulmão (C33-C34).
    • Melanoma maligno da pele (C43).
    • Outras neoplasias malignas da pele (C44).
    • Mama feminina (C50).
    • Colo do útero (C53).
    • Corpo do útero (C54).
    • Ovário (C56).
    • Próstata (C61).
    • Bexiga (C67).
    • Sistema Nervoso Central (C70-C72).
    • Glândula tireoide (C73).
    • Linfoma Hodgkin (C81).
    • Linfoma não Hodgkin (C82-C85; C96).
    • Leucemias (C91-C95)

Usos:

  • Subsidiar um maior conhecimento sobre a ocorrência da doença na população brasileira e nas suas regiões com vistas ao desenvolvimento do sistema de vigilância do câncer, ao planejamento das ações para sua prevenção e controle,  além de artigos científicos e disseminação de informações pelos meios de comunicação.

Fonte dos dados utilizados na elaboração das estimativas:

  • Ministério da Saúde: Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) e Sistema de Informações de Mortalidade – SIM.

Método de cálculo:

  • Estimou-se o número de casos novos de câncer para todas as unidades da federação (UF) e respectivas capitais para o biênio 2018-2019, pelo método proposto por Black et al. (1997). Esse método permite obter a taxa de incidência de câncer para uma determinada região, multiplicando-se a taxa observada de mortalidade da região pela razão entre os valores de incidência e mortalidade da localidade onde exista RCBP.
  • Foi utilizada a razão entre as taxas de incidência e mortalidade (I/M), obtida pelo quociente entre a taxa bruta da incidência e a taxa bruta da mortalidade.
  • O período de referência utilizado foi aquele compreendido entre 2001 e 2014. A fonte de informação, para os óbitos, foi o SIM, enquanto, para a incidência, foram os RCBP.
  • Para maior detalhe da metodologia acesse: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2018/metodologia.asp.    

 

Unidade geográfica:

  • Brasil, estados e capitais.

Limitações:

  • Uma vez que o cálculo das estimativas guarda estreita dependência com as informações de mortalidade, quanto melhor a qualidade da informação sobre mortalidade melhor será a informação estimada para a incidência. A partir do ano de 2005, observou-se uma melhoria na informação sobre mortalidade no Brasil, refletida pela qualidade da informação obtida na causa básica da morte na Declaração de Óbito. Outro fator a ser considerado é a progressiva expansão da população coberta pelos RCBP, bem como a constante busca pela melhoria da qualidade das informações, fazendo com que, a cada ano, a validade e a precisão das estimativas anuais aumentem.
  • Recomenda-se cautela na interpretação e na utilização das estimativas para analisar tendências temporais. Tal cuidado justifica-se em virtude de mudanças ocorridas na metodologia e principalmente na melhoria da qualidade das informações ao longo do tempo.
  • A base de dados utilizada para mortalidade, embora de qualidade, possui uma defasagem de aproximadamente dois anos; portanto, o efeito de uma mudança no quadro da mortalidade no período entre 2015 e 2017 não será captado pelas projeções atuais.
  • A base de dados de incidência obedece à estrutura e à dinâmica de cada um dos RCBP. Atualmente, o período de informações disponível varia desde 1987 até 2014. A qualidade das informações difere de registro para registro e também varia de ano para ano, uma vez que os RCBP modificam sua série de casos, melhorando a qualidade e a atualidade das informações.
  • Embora haja limitações, acredita-se que as estimativas sejam capazes de descrever padrões atuais de incidência de câncer, possibilitando o dimensionamento da magnitude e do impacto dessa doença no Brasil.